Mato Grosso do Sul empregou mais 2.567 trabalhadores formais em abril; saldo supera 17 mil no ano
Fabricação de produtos de carnes foi o subsetor da Indústria que melhor se destacou no Caged desse mês
Mato Grosso do Sul ampliou o estoque de trabalhadores formais no mês de abril com a contratação de mais 2.567 pessoas com carteira assinada. Dessa forma, o universo de empregados formais no Estado chegou a 675.412 no mês passado. Em janeiro eram 662.704 trabalhadores e, em abril do ano passado, 648.948.
Conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego, no acumulado do ano o Estado já soma 17.447 novos trabalhadores empregados. O setor de Serviços apresentou o melhor desempenho, com 1.741 novas vagas geradas em abril, seguido da Indústria (996) e do Comércio (488).
Entre os subsetores da Indústria que mais empregaram, destacam-se abate e fabricação de produtos de carnes (503 empregos) e fabricação de álcool (262). Já no setor de Serviços os destaques foram para os subsetores de Educação (300), Saúde Humana e Serviços Sociais (105), Alojamento e Alimentação (354), Transporte, Armazenagem e Correios (237).
Dois setores tiveram números negativos – ou seja, demitiram mais que empregaram no mês. São eles a Construção Civil (-478) e a Agropecuária (-180). Na avaliação do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, esses eventos são pontuais e podem estar interligados.
“Percebemos que a redução do estoque de empregos na Construção Civil se deve às demissões ocorridas em um setor específico: Montagem de Instalações Industriais e Estruturas Metálicas, que perdeu 567 trabalhadores em abril. Isso tem relação com o fim de etapa da implantação da indústria da Suzano, tanto que o município de Ribas do Rio Pardo teve saldo negativo de -478 empregos no mês”, pontuou. Não fosse o movimento negativo nesse subsetor, a Indústria teria saldo positivo em abril.
Na Agropecuária, os subsetores que apresentaram retração no mercado de trabalho foram Atividades de Apoio à Agricultura e Pecuária, com redução de 119 trabalhadores; Pecuária (-63), Produção de Lavouras Temporárias (-151) e Produção de Sementes e Mudas Científicas (-172).
“Esses dois últimos subsetores estão relacionados com a agroindústria florestal, portanto podem ter ligação com a acomodação no cronograma de obras da Suzano”, completa Verruck.
Na distribuição regional, os dez municípios que mais empregaram em abril foram Campo Grande, em primeiro lugar com 1.269; Dourados, em segundo com 344; depois Nova Andradina (220), Naviraí (199), Três Lagoas (187), Paranaíba (180), Sidrolândia e Vicentina (106). Fecham a lista Coxim (55), Ivinhema (51) e Rochedo, com 47 empregos formais gerados.
O salário médio pago aos trabalhadores contratados em abril no Mato Grosso do Sul foi de R$ 1.922,65 – queda de 0,72% em relação a março e aumento de 2,42% em relação a abril de 2023. Em nível nacional, a média salarial inicial registrada no mês foi de R$ 2.126,16.
Comunicação Semadesc