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Pronunciamento do secretário de Estado, Marco Rubio, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em coletiva de imprensa conjunta

Por MRNews

PRONUNCIAMENTO

ESCRITÓRIO DO PORTA-VOZ

Escritório do Primeiro-Ministro, Jerusalém

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SECRETÁRIO RUBIO: Obrigado, Sr. primeiro-ministro. E, em primeiro lugar, gostaria de dizer, em nome do presidente dos Estados Unidos, o presidente Trump, que quero lhe agradecer por sua amizade e pela amizade que Israel tem demonstrado para com os Estados Unidos. Há tantas questões em que trabalhamos juntos que vão além das causas da guerra e da paz, mas avanços na tecnologia, avanços na economia, e esses permanecem fortes, duradouros e inabaláveis. E não se dá atenção suficiente a esses laços — os laços econômicos, os laços culturais. A propósito, estamos aqui hoje, no final desta noite, para inaugurar e abrir ao mundo talvez um dos sítios arqueológicos mais importantes do planeta — um sítio que tem um significado profundo para tantas peseesoas nos Estados Unidos, bem como na Rota dos Peregrinos, na Cidade de David. Portanto, é uma honra estar aqui e fazer parte disso.

O presidente tem sido claro quanto às questões em curso em Gaza, ou seja, que todos os reféns, vivos ou mortos, precisam ir para suas casas imediatamente. O Hamas não pode continuar a existir como um elemento armado que ameaça a paz e a segurança não só de Israel, mas do mundo inteiro, e que o povo de Gaza merece um futuro melhor, que só poderá começar quando o Hamas for eliminado e todos os reféns, vivos ou mortos, estiverem em casa. Ele continua firmemente comprometido com esse objetivo, e é sobre isso que buscamos conversar hoje, conversamos hoje e continuaremos conversando, ou seja, o caminho a seguir para alcançar essas metas. Esses objetivos permanecem. Esses objetivos continuam em vigor.

Além disso, obviamente, temos cooperado e estamos envolvidos juntos há apenas algumas semanas na questão do Irã e do desejo do Irã de possuir não apenas armas nucleares, mas mísseis de curto e médio alcance com capacidade de ameaçar nossa presença aqui neste Hemisfério — nesta região e, é claro, a segurança do Estado judeu. Mas eu arriscaria dizer que essa ameaça se estende muito além disso, aos reinos do Golfo e, eventualmente, até mesmo à Europa. Na verdade, alguns dos mísseis que eles estão tentando desenvolver agora já podem atingir países na Europa.

Portanto, um Irã nuclear governado por um clérigo xiita radical que possui não apenas armas nucleares em potencial, mas também mísseis capazes de lançá-las a longa distância, é um risco inaceitável não apenas para Israel, não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo. E é por isso que nós, o presidente, continuamos com nossa campanha de pressão máxima. Continuaremos a exercer pressão econômica máxima sobre o Irã até que eles mudem de rumo. É por isso que nos sentimos encorajados ao ver nossos parceiros na Europa iniciarem o processo de restabelecimento das sanções contra o Irã. Eles estão claramente em desacordo com o que já era um acordo falho desde o início, e nós os encorajamos a continuar nesse caminho. Apoiamos isso 100%. É exatamente isso que precisa acontecer.

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E continuamos firmemente comprometidos, como eu disse, com o objetivo do presidente, que ele deixou bem claro e que eu quero repetir: no final das contas, não importa o que tenha acontecido ou venha a acontecer, esse objetivo permanece o mesmo, que é que todos os 48 reféns, vivos ou mortos, precisam estar em casa. Eles precisam ser repatriados. Eles nunca deveriam ter sido levados. O que aconteceu em 7 de outubro foi um ato de barbárie sem precedentes, e o que aconteceu desde então tem sido repetidos atos de barbárie sem precedentes por parte do Hamas. O Hamas precisa deixar de existir como um elemento armado que pode ameaçar a paz e a segurança da região, e o povo de Gaza merece um futuro melhor. Mas esse futuro melhor não pode começar até que o Hamas seja eliminado. Esse futuro melhor e esse tipo de paz não são possíveis até que os reféns sejam libertados — todos eles, cada um deles. E é nisso que continuamos focados. É isso que o presidente quer ver acontecer, e é com isso que vocês podem contar — com nosso apoio e compromisso inabaláveis para ver isso se concretizar.

(…)

PERGUNTA: Senhor secretário, o senhor acha que é possível desmantelar militarmente — obrigado.

(…)

SECRETÁRIO RUBIO: De onde você é?

PERGUNTA: Sou de Israel.

SECRETÁRIO RUBIO: Okay.

PERGUNTA: Meu nome é Liza Rozovsky. Sou do Haaretz e gostaria de perguntar se o senhor ainda acredita que o desmantelamento militar do Hamas é possível.

SECRETÁRIO RUBIO: Bem, o Hamas pode se render esta noite, se quiser, e depor as armas. O problema é que eles são um grupo terrorista, um grupo bárbaro, cuja missão declarada é a destruição do Estado judeu, então não estamos contando com que isso aconteça.

Veja, acredito que todos nós — todas as pessoas que conheço. Não conheço ninguém que não preferisse ver um acordo negociado em que o Hamas concordasse em deixar de ser um grupo terrorista, depusesse as armas, libertasse os reféns — aliás, não apenas os reféns que mantêm de Israel, mas, francamente, também o povo de Gaza, que mantêm como reféns e escudos humanos.

Esse seria o resultado ideal e que todos nós gostaríamos de ver. É algo em que se tem trabalhado. Mas acho que temos de estar preparados para o fato de que terroristas selvagens normalmente não concordam com coisas assim, mas continuaremos a seguir esse caminho. É o resultado ideal. Mas pode ser que, no final das contas, seja necessária uma operação militar concisa para eliminá-los.

Temos de lembrar com quem estamos lidando aqui, que é um grupo de pessoas que têm dedicado a vida à violência e à barbárie. E quando se enfrenta essa dura realidade, por mais que desejemos que haja uma maneira pacífica e diplomática de acabar com isso, e continuaremos a explorar e nos dedicar a isso, também temos de estar preparados para a possibilidade de que isso não aconteça.

(…)

PERGUNTA: (Em hebraico.)

E uma pergunta ao secretário Rubio: você pediu a Israel para não avançar com sua manobra militar em Gaza e não repetir o ataque ao Qatar?

(…)

SECRETÁRIO RUBIO: E tudo o que eu acrescentaria é que estamos focados no que acontece agora, no que acontecerá a seguir, no papel que o Qatar poderá desempenhar para alcançar um resultado que leve não apenas ao fim dessa hostilidade, não apenas à libertação de todos os reféns vivos e mortos, não apenas ao desarmamento e à eliminação do Hamas, mas também a um futuro melhor para o povo de Gaza, o que não é possível enquanto o Hamas existir; o que não é possível enquanto 48 reféns estiverem detidos. Portanto, continuaremos a incentivar o Qatar a desempenhar um papel construtivo nesse sentido.

Estamos focados porque, no final das contas, não importa o que tenha acontecido, esses fundamentos ainda permanecem. Ainda existe o Hamas, ainda existem 48 reféns e ainda há uma guerra em andamento, e todas essas coisas impedem um futuro melhor para o povo de Gaza e um fim pacífico para o que está acontecendo agora. Portanto, vamos continuar focados no que podemos fazer a seguir.

PERGUNTA: Posso fazer uma pergunta, Sr. secretário?

(…)

SECRETÁRIO RUBIO: Bem, alguns pontos sobre isso — acho horrível ver qualquer ser humano ser executado diante do mundo inteiro por causa das redes sociais. Esta semana foi particularmente difícil na Casa Branca e em Washington, porque Charlie Kirk não era apenas alguém que apoiava o presidente. Ele não era apenas alguém que conhecíamos. Ele era amigo pessoal de muitas pessoas na Casa Branca — do presidente, do vice-presidente e de várias outras pessoas. Foi uma combinação de assassinato político e também uma morte na família, e foi chocante para muitas pessoas ver isso.

Além da tragédia para ele, para sua família e para a nação, há realmente uma ironia. Charlie era uma das poucas pessoas que realmente se engajava no que mais precisamos, que é o debate e a conversa entre pessoas com fortes divergências. As pessoas conhecem Charlie Kirk por causa de seu papel nos campi universitários. Ele ia aos campi universitários e fazia questão de procurar e convidar pessoas que discordavam fortemente dele para irem ao microfone e participar de um diálogo, em um vai e vem de ideias. A alternativa ao debate é simplesmente atacar uns aos outros. É muito fácil fazer podcasts, entrevistas e discursos em que se ataca o outro lado. É muito mais difícil engajar pessoas cujas opiniões são diametralmente opostas às suas e engajá-las em um debate. E ele fazia isso.

Mas ele não fazia isso apenas nos campi universitários, porque era por isso que era mais conhecido. Ele também fazia isso on-line. Charlie era um convidado frequente em podcasts e programas de pessoas com quem não concordava, e recebia convidados em seu programa com quem também não concordava. Ele foi convidado do podcast de Gavin Newsom e participou de um debate com o The Young Turks, além de viajar pelo mundo participando de algumas dessas séries de palestras com pessoas do outro lado. E nem digo que seja o outro lado do corredor — mas sim o outro lado das divisões ideológicas, porque às vezes não era apenas partidário.

E testemunhar o assassinato de alguém que estava justamente engajado naquilo de que mais precisamos — no exato momento em que o fazia — porque foi exatamente aí que ele foi assassinado. Ele foi assassinado no meio desse tipo de discurso. Creio que foi um esforço não apenas para silenciar a voz de Charlie, mas creio que foi um esforço para intimidar e silenciar esse tipo de iniciativa nos Estados Unidos — e, acho, para o mundo se envolver nesse tipo de discurso com pessoas com quem você discorda. E uma vez que uma sociedade perde a capacidade das pessoas com fortes divergências se envolverem em discursos, então a única opção que resta é o silêncio ou a violência, nenhuma das quais é aceitável. Ambas são muito destrutivas.

(…)

PERGUNTA: Obrigado. Tom Bateman, da BBC News. Em primeiro lugar, Sr. secretário, os países árabes, seus aliados do Golfo, manifestaram veementemente sua indignação com o ataque israelense da semana passada, acusando Israel de barbárie, em suas palavras. Não se trata de uma crise para a diplomacia americana? Como o senhor vai garantir aos seus aliados do Golfo, como diz o presidente, que isso não vai se repetir?

(…)

SECRETÁRIO RUBIO: Bem, permitam-me começar pela pergunta que me fizeram, que é que temos relações fortes com os nossos aliados do Golfo. Trabalhamos em estreita colaboração com eles em várias questões. Temos mantido diálogo com eles. Mantivemos esse diálogo de forma constante, tanto antes do ocorrido quanto depois do ocorrido. E, em última análise, o que vamos dizer a todos é que ainda há algumas questões fundamentais que têm de ser abordadas. Independentemente do que ocorreu, a realidade é que ainda temos 48 reféns. Ainda temos o Hamas, que não está apenas mantendo 48 reféns; eles estão mantendo Gaza como refém e usando civis como escudos humanos. Eles ainda são um elemento perigoso e, enquanto existirem, enquanto estiverem por aí, não haverá paz nesta região, porque eles não são agentes da paz. Eles são agentes da barbárie.

E continua a ser um fato fundamental que o povo de Gaza merece um futuro melhor, um futuro que não será possível enquanto todos os reféns não forem libertados e o Hamas continuar a existir. Todos esses fundamentos ainda existem. Todos eles ainda precisam ser abordados, e é nisso que vamos continuar focados ao nos engajamos com nossos aliados no Golfo: como podemos continuar a trabalhar juntos a fim de abordar essas três questões, que consideramos pilares — resolvê-las é fundamental para a construção mais ampla que todos nós esperamos para a região.

(…)

PERGUNTA: (…) E para o secretário Rubio, qual é sua mensagem para os aliados próximos dos EUA, como o Reino Unido, que o senhor planeja visitar, sobre a votação na ONU para promover um Estado palestino — não apenas para as nações em geral, mas para alguns de nossos aliados mais próximos, como o Reino Unido? Obrigado.

(…)

SECRETÁRIO RUBIO: Sobre sua pergunta, essas coisas que as pessoas estão fazendo e o que esses diferentes países estão fazendo nas Nações Unidas, em primeiro lugar, estão sendo feitas em grande parte por causa de suas próprias políticas internas. Em segundo lugar, são em grande parte simbólicas. Não têm realmente qualquer impacto em nos aproximar de um Estado palestino. O único impacto que têm é fazer com que o Hamas se sinta mais encorajado. Isso faz com que outros elementos como o Hamas se sintam mais encorajados.

Na verdade, isso tornou tudo mais difícil. Na verdade, serviu como um impedimento à paz. No passado, vimos que, quando essas declarações são feitas, talvez haja uma negociação em andamento, talvez você pense que realmente fez algum progresso na libertação de alguns reféns ou no fim da guerra, e então essas coisas acontecem e, de repente, esses grupos recuam — em muitos casos, abandonam a negociação. O Hamas já abandonou acordos que havia tacitamente concordado, mas então eles veem o tipo de apoio internacional que acreditam estar recebendo e abandonam tudo.

Portanto, alertamos sobre duas coisas. Primeiro, isso dificulta as negociações, pois encoraja esses grupos. Segundo, alertamos que haverá uma reação israelense a essas ações, e já vimos algumas delas acontecerem.

Portanto, creio que essas coisas têm tornado mais difícil acabar com essa guerra e esse conflito, e não mais fácil. E nós expressamos isso a eles, e eu expressei isso diretamente a eles em várias ocasiões, e continuarei a fazê-lo. Pois bem, eles vão fazer o que querem e vão continuar a fazer o que estão fazendo, mas estou dizendo que isso está, na verdade, prejudicando a causa que eles acham que estão promovendo.

(…)

PERGUNTA: Obrigado. Secretário, gostaria de perguntar — sei que mencionou antes da viagem que o foco da viagem não eram os planos israelitas para a operação na cidade de Gaza, mas gostaria de saber se nos poderia dizer se isso é algo — e, Sr. primeiro-ministro, é bom vê-lo novamente — se isso foi algo que surgiu em suas discussões em termos da visão dos EUA sobre os planos anunciados por Israel para operações militares na cidade de Gaza, e qual é a visão dos EUA sobre essa ideia, como alguns têm falado, de uma Operação Carruagens de Gideão, ou uma continuação da ofensiva, ou uma expansão da ofensiva, potencialmente neste mês, na cidade de Gaza. Obrigado.

SECRETÁRIO RUBIO: Sim. A melhor maneira de explicar isso é dizer que o objetivo de nossas conversas tem sido o que o presidente — vou repetir o que o presidente tem dito repetidamente. Ele quer que todos os reféns sejam libertados, quer que o Hamas seja eliminado como ameaça e quer que os Estados Unidos ajudem na reconstrução de Gaza para um futuro pacífico e próspero, sem elementos como o Hamas em operação. Esse é o objetivo.

Agora, como alcançamos isso? Como chegamos lá? É sobre isso que sempre conversamos e é sobre isso que conversamos hoje. E isso continuará sendo o foco de nosso envolvimento nisso. Queremos todos os reféns libertados — todos eles, cada um deles, vivos ou mortos, todos eles. Nunca deveria ter havido reféns. Isso nunca deveria ter acontecido, certo? Isso aconteceu porque, em 7 de outubro, esses animais, esses animais bárbaros, realizaram essa operação contra pessoas inocentes que não tinham nada a ver com isso.

E foi por isso que tudo isso começou. Nós esquecemos isso. As pessoas esqueceram que foi aí que tudo começou. É por isso que o presidente continua dizendo para lembrarmos do dia 7 de outubro. Nós nem estaríamos tendo essas conversas agora se esses bárbaros não tivessem feito o que fizeram.

Então, foi isso que nos trouxe a este ponto. Isso precisa acabar. E como isso vai acabar? Vai acabar com a eliminação das pessoas que fizeram isso, acabando com elas como ameaça. Vai acabar com a libertação de todos os reféns, vivos e mortos. Nunca deveria ter havido reféns. Não deveria haver reféns agora.

E então, quando tudo isso estiver feito, poderemos começar o trabalho, espero, internacionalmente, visando proporcionar ao povo de Gaza o tipo de futuro que merece, mas que nunca terá enquanto existir um grupo como o Hamas.

Esse tem sido nosso foco e, obviamente — esse tem sido o foco e o cerne de muito do que temos discutido. Como alcançamos o que acredito ser um objetivo comum não apenas dos Estados Unidos e de Israel, mas de vários países ao redor do mundo e, certamente, da região, que desejam ver o mesmo resultado? E é nisso que temos nos concentrado. Esse tem sido o foco do presidente, e ele deseja que tudo isso aconteça o mais rápido possível.

(…)


Vejta o conteúdo original: https://www.state.gov/releases/office-of-the-spokesperson/2025/09/secretary-of-state-marco-rubio-and-israeli-prime-minister-benjamin-netanyahu-at-a-joint-press-availability/

Esta tradução é fornecida como cortesia e apenas o texto original em inglês deve ser considerado oficial.