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Campo Grande se destaca no controle e combate às arboviroses – CGNotícias

Enquanto Mato Grosso do Sul alcança reconhecimento nacional pela eficiência na vigilância laboratorial e epidemiológica, Campo Grande também se destaca com um trabalho técnico e contínuo no enfrentamento às arboviroses. A capital tem mantido índices controlados de Dengue, Zika e Chikungunya, e não registra epidemia há cinco anos — um reflexo direto das ações integradas da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e de suas equipes de vigilância em saúde.

Segundo dados do setor de Vigilância em Saúde da Sesau, Campo Grande apresentou, até a Semana Epidemiológica 41 de 2025 (05.10 a 11.10), 4.231 casos notificados e 538 casos prováveis de dengue – índice considerado baixo pelo Ministério da Saúde. O desempenho coloca o município na 74ª posição entre os 79 municípios do Estado, resultado que reforça a efetividade das estratégias locais.

Em relação à Chikungunya, o cenário é igualmente positivo. Apesar da alta incidência em várias cidades de Mato Grosso do Sul, Campo Grande manteve apenas 34,9 casos prováveis por 100 mil habitantes em 2025, enquanto alguns municípios chegaram a mais de 6 mil casos por 100 mil.

“O trabalho técnico e articulado das equipes de vigilância e atenção básica é essencial para que Campo Grande se mantenha em situação de controle, mesmo diante de cenários epidêmicos em outras regiões do país”, destaca a superintendente de Vigilância em Saúde e Ambiente da Sesau, Veruska Lahdo.

Monitoramento

Para garantir respostas ágeis e precisas, a Sesau mantém rotinas de vigilância epidemiológica altamente organizadas. As unidades de saúde enviam planilhas diárias com notificações de casos suspeitos, permitindo que o bloqueio vetorial ocorra em até 24 horas após o atendimento. Além disso, o município possui uma sala de situação virtual há mais de três anos, que analisa e divulga semanalmente boletins epidemiológicos, facilitando a detecção precoce de alterações nos padrões epidemiológicos.

Essas ações são reforçadas por notas técnicas anuais e capacitações constantes em manejo clínico, que têm contribuído diretamente para a redução da gravidade dos casos. Em 2024 e 2025, apenas seis casos graves foram registrados e dois óbitos confirmados, representando menos de 0,5% dos casos confirmados no período.

Inovação e pioneirismo

Campo Grande é referência nacional na implementação de métodos inovadores de controle do mosquito Aedes aegypti. O município foi o primeiro do estado a adotar o Projeto Wolbachia, em parceria com a Fiocruz, que utiliza mosquitos infectados com uma bactéria que impede a transmissão dos vírus da dengue, Zika e Chikungunya.

A soltura dos mosquitos foi concluída em dezembro de 2023, e o monitoramento do projeto segue ativo. Quatro das seis fases de implantação apresentam índices elevados de estabelecimento da bactéria, comprovando a eficácia e estabilidade da metodologia.

Outro destaque é a implantação do sistema de armadilhas ovitrampa, em operação desde 2019, que permite monitorar a infestação do Aedes com precisão e baixo custo, orientando as ações de campo de forma estratégica.

Parcerias e engajamento comunitário

Além das inovações tecnológicas, a Prefeitura mantém iniciativas de mobilização social, como o Programa Colaborador Voluntário, que forma e capacita agentes comunitários de diferentes setores para atuar na prevenção e controle das arboviroses em seus locais de trabalho.

Também são realizadas reuniões periódicas do Comitê Municipal de Combate ao Aedes, reunindo parceiros governamentais e não governamentais para discutir o cenário epidemiológico e definir estratégias conjuntas de ação.

O desempenho de Campo Grande reforça a liderança de Mato Grosso do Sul no cenário nacional de vigilância epidemiológica, recentemente reconhecida pelo Ministério da Saúde.

Enquanto o Laboratório Central do Estado (Lacen-MS) se consolida como referência nacional em testagens, o trabalho técnico da capital é peça-chave nesse resultado, garantindo o envio regular e qualificado de amostras, o acompanhamento rigoroso dos indicadores e o fortalecimento da rede de vigilância.

“Esse é um trabalho integrado, que mostra como o comprometimento municipal fortalece toda a estrutura da rede. Campo Grande tem feito sua parte com excelência, e os resultados estão aí: menos casos, menos óbitos e mais segurança para a população”, completa a superintendente.