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Sedec realiza ‘Semana da Escuta dos Adolescentes’ com participação de alunos do 6º ao 9º ano

Alunos do 6º ao 9º ano, diretores, técnicos, equipe de gestão, comunidade escolar e especialistas de escolas da Rede Municipal de Ensino de João Pessoa estão participando da ‘Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas’. A ação é realizada pela Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), por meio da Diretoria de Ensino, Gestão e Escola de Formação (Degef) e da Seção de Apoio ao Grêmio Estudantil. A iniciativa faz parte do ‘Programa Escola das Adolescências’, do Ministério da Educação (MEC).

A ação, que acontece até a próxima segunda-feira (27), ocorre em 62 escolas municipais, envolvendo aproximadamente 23 mil alunos. “Esta é uma ação do Governo Federal que vem potencializar as atividades de escuta realizadas pela nossa rede municipal, através do Programa de Lideranças Estudantis, desde 2022. Com isso, a cada ano, estamos potencializando o processo democrático escolar em nossas unidades de ensino”, afirmou Bruno Chaves, chefe da Seção de Apoio ao Grêmio Estudantil da Sedec.

A dinâmica dos encontros acontece em dois momentos. O primeiro com rodas de conversas e o segundo com o preenchimento do formulário com o objetivo de identificar nos estudantes suas percepções em relação à escola e sugerir pontos de melhoria para a etapa educacional.

“Essa semana vem dentro de um contexto que nós temos, que é um contexto desafiador do pós-pandemia, quando a gente tem uma faixa etária também com muitas inquietações, com a saúde mental muitas vezes abalada e com grandes desafios a serem enfrentados por eles e pelos professores”, frisou a chefe da Divisão de Anos Finais da Sedec, Maria José.

Laís Nicolly Oliveira da Silva, aluna do 9º ano da Escola Municipal Presidente João Pessoa, participou das discussões e afirmou que gostou bastante em contribuir para a melhoria da escola. “Gostei bastante desse método, pois assim podemos expressar com mais clareza nossa opinião. Cada um teve seu momento de fala e com esse recurso o estudante pode dar sua opinião sobre melhorias para a escola. Assim, a escola pode ficar cada vez melhor com a ajuda dos alunos”, disse.

A assistente social da Escola Presidente João Pessoa, Maria Bernadete, relatou a satisfação dos alunos em participar da ‘Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas’. “Eles se sentiram bem valorizados e perguntavam se realmente poderiam responder o questionário, de colocar o posicionamento deles. Foi algo muito positivo tanto para eles quanto para nós”, afirmou.

Temas do questionário – O Governo Federal indicou quatro temas para que as escolas executem um questionário com as turmas. O primeiro é ‘clima e convivência’, que aborda sobre a convivência entre os estudantes na escola, entre estudantes e professores e entre alunos e outros funcionários. O segundo é sobre ‘aprendizado’, onde se pergunta o que os alunos sentem que aprendem mais na escola, se tem alguma coisa que é difícil de aprender e por que é difícil.

Outro tema do questionário é ‘participação’, onde é perguntando se os estudantes participam das decisões que são tomadas na escola e como essa participação pode ser ainda mais intensa. O último tema é ‘inovação’. Eles são questionados sobre os temas inovadores que gostariam que fossem conversados na escola.

“Eu achei muito boa essa experiência, porque pude ouvir os alunos sobre o que pode mudar na escola, o que acham das disciplinas. E também é uma nova experiência para mim, porque é a primeira vez que sou representante de turma. Gostei demais”, disse com alegria a aluna do 9º ano da Escola Municipal Francisca Moura, Maria Luiza.

Esses formulários serão a base para que cada escola possa fazer seu planejamento pedagógico e também para a Sedec e o Governo Federal construírem suas políticas públicas. “Acho que foi uma proposta muito feliz de poder escutar as adolescências, entendendo as várias adolescências que temos no país. Essa mobilização para escutar e dar voz aos estudantes, sobretudo dos anos finais, vem realmente movimentar um segmento do ensino fundamental que tem sido pouco visibilizado nas políticas da educação”, ressaltou a chefe da Divisão de Anos Finais da Sedec.