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Circulador Cultural apresenta banda Muntchako e Show Parahyba no Festival Alumiô

O projeto Circulador Cultural, realizado pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), acontece neste domingo (21), com apresentação da banda Muntchako, e do Show Parahyba, na Casa da Pólvora. A ação marca o encerramento da 4ª edição do Festival Alumiô, que começa nesta sexta-feira (19), com muita música, arte, um circuito cultural inédito e programação gratuita no Centro Histórico da cidade.

“O projeto Circulador Cultural, que nós realizamos na Casa da Pólvora há quase cinco anos, tem mostrado uma força muito grande. Ali conseguimos reunir um público de universitários, moradores ou turistas que visitam João Pessoa, para curtir uma música mais experimental, mais criativa. Nós trabalhamos a Casa da Pólvora com esse conceito, de que seria um ambiente vocacionado para as músicas experimentais, inovadoras na nossa cultura, e tem dado certo. Sempre que realizamos shows ali comparece uma multidão para curtir a boa música dos nossos artistas”, avalia o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.

Ele reforça que, nesta edição do dia 21, a Funjope passa a interagir e se integrar ao Festival Alumiô, que conta com o apoio da Fundação. “Nós trabalhamos de maneira dialogada, integrativa com as múltiplas linguagens de cultura da cidade, mas também com as instituições e os produtores de cultura”, acrescenta.

Ramón Suarez, idealizador e um dos organizadores do Festival Alumiô, ressalta a importância da parceria com a Prefeitura da Capital. “O festival nasce e se fortalece a partir da construção coletiva, reunindo diversos agentes culturais do Centro Histórico de João Pessoa. Nesse mesmo espírito, o Circulador Cultural se soma como uma ação parceira da Funjope que mais dialoga com a proposta do Alumiô”, destaca.

Show Parahyba – O projeto Show Parahyba é uma apresentação coletiva que celebra a diversidade autoral da música paraibana a partir de três artistas com histórias musicais únicas: Gracinha Telles, Kennedy Costa e Naldinho Freire que, juntos, vão interpretar sucessos de seus repertórios e do cancioneiro paraibano.

É um trabalho autoral onde esses artistas apresentam várias combinações. Inicialmente, cantam juntos na abertura reverenciando a Paraíba, trazendo a tradição local. Naldinho vai apresentar uma mistura de ritmos a partir da canção; Kennedy Costa traz o maracatu; já Gracinha tem um lado rock and roll, blues e também cancioneiro.

Entre as músicas que ela vai cantar está ‘Asas para mim’, que faz parte de um álbum da artista; no repertório de Kennedy Costa, uma música de muita potência é ‘Coco pra Vó Mera’; já no repertório de Naldinho Freire, o destaque é ‘Trova de madeira e cordas’, uma trova que ele compôs com o professor de Literatura Ubirajara Almeida.

“Sempre que vamos ao palco mostrar nossas canções, saímos de casa com as melhores expectativas, esperando que o público compareça, que a gente tenha um bom som, um bom staff que nos receba, porque saímos para trocar carinho e afeto com a nossa música”, diz Naldinho Freire.

Acompanhando o trio, estarão no palco Breno Mendes na bateria, Zé Ilton no contrabaixo e Dudu Campos na guitarra. Já Naldinho Freire, Kennedy Costa e Gracinha Telles fazem violão e voz.

Para Naldinho, o Circulador Cultural é uma iniciativa muito importante. “É fundamental para a nossa cidade, um projeto que visa trazer a diversidade artística, contemplando os artistas locais e democratizando, a partir do momento em que também contempla outros pontos da cidade, além do Centro Histórico, que é sua base. É uma iniciativa louvável. Que tenha vida longa e se torne uma política cultural e não uma ação de uma só gestão”, avalia.

Ele ressalta ainda que tocar no mesmo palco que Muntchako é uma grande satisfação: “Saber que, neste domingo, estaremos juntos, é fundamental para esse trabalho que estreamos em agosto. É importante demais para nós, três artistas profissionais, experientes, estar junto de Muntchako. Ficamos muito felizes de participar desse momento”, acrescenta.

Muntchako – A banda é formada por Macaxeira Acioli e pelo multi-instrumentista e produtor musical Samuel Mota. O show do Muntchako já passou por palcos na Colômbia, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Espanha e País Basco, contabilizando passagens pelos principais festivais e casas de shows em todo o Brasil.

“Sempre é muito bom tocar em casa. Sou paraibano e apesar de estar fora da Paraíba por um tempo, tenho meu corpo e olhos voltados para cá, meu cantinho. Estamos na Paraíba por mais de um mês, gravando mestras e mestres da cultura popular do estado, e esse material vai sair por meio do projeto Expeditsons em collabs com Chico Correa, Mestre Jurandir da Gaita, Mestra Rita Zabumbeira e Clara Potiguara. Essa é a nossa quarta apresentação na Paraíba. Estamos sempre na instiga de estar por aqui, é alimento para a gente continuar na estrada”, afirma Macaxeira Acioli.

Os integrantes da Muntchako estiveram na Casa da Pólvora dois anos atrás com o show Fela dum Gonzaga, misturando Fela Kuti e Luiz Gonzaga. Inclusive, Macaxeira Acioli ressalta que o Circulador Cultural é um projeto muito importante para a cena da cidade e que viabiliza grupos que estejam passando pelo Nordeste.

“A gente chega com um show formato duo, apenas dois músicos no palco e com uma breve participação na bateria de Victorama (Seu Pereira e Coletivo 401). É um show forte, pesado, que mescla os tambores orgânicos com os sintetizadores e peso da música eletrônica. Tudo isso olhando para um Brasil profundo e diverso, América Latina viva”, observa.

Programação – O Festival Alumiô 2025 se consolidou no calendário cultural de João Pessoa e traz uma programação inteiramente gratuita, celebrando a diversidade da música paraibana. Nesta edição, homenageia a Casa Pequeno Davi pelos seus 40 anos de trabalho social com crianças e jovens. A expectativa de público para 2025 é de aproximadamente 30 mil pessoas. A programação completa pode ser acessada no Instagram oficial do evento @alumiopb.

Na sexta-feira (19), o ‘Esquenta Alumiô’ abre o festival na Vila do Porto a partir das 19h, com uma solenidade de abertura em homenagem à Casa Pequeno Davi, seguida pelas apresentações de Dead Nomads, TelaAzzu e 43Duo. Em parceria com a Extremo Oriental, o evento será transmitido ao vivo pelo YouTube e outros canais de streaming.

No sábado (20), o público vai poder conferir o formato de circuito cultural a partir das 13h, começando na Praça Rio Branco, com o Sabadinho Bom, e seguindo um roteiro que inclui o Beco da Música Urbana e espaços como General Store, Caravela Cultural e Loca Como Tu Madre. Ao entardecer, a programação ocupa a Casa da Pólvora com curadoria do Carcará Sound System. À noite, o festival se concentra no Largo de São Frei Pedro Gonçalves, integrando casas de show e espaços culturais como Vila do Porto, Centrô, Travel e Bar do Mofado, apresentando ao público um panorama da cena cultural que movimenta o Centro da cidade ao longo do ano.

O domingo (21) concentra as atividades de encerramento na área do Largo, com destaque para o Encontro de Maracatus, reunindo os grupos Nação Pé de Elefante, Baque Mulher e Baque de Raiz, a partir das 17h. Entre os nomes confirmados para os diversos palcos do evento estão artistas como Pricler e as Panteronas, Zepelim e o Sopro do Cão, Chico Correa, Quinteto da Paraíba, Caiana dos Crioulos e Os Gonzagas, refletindo a pluralidade da cena local.

Formação e economia criativa – O Alumiô reafirma seu compromisso com o fortalecimento da cultura local para além dos palcos. O festival amplia seu compromisso social e educativo com uma série de atividades paralelas.

Entre elas estão o Alumiô para Baixinhos, com atividades lúdicas para crianças no sábado (20); a Feirinha Alumiô, espaço dedicado ao fomento da economia criativa local; oficinas gratuitas, como Grafite, com o coletivo Acervo 03, de Roadie e Produção para bandas com a Kaos Produção, e de Iniciação em Técnica de Som com a Alumiô Parahyba.

Além disso, a programação conta com rodas de conversa, que envolvem debates sobre temas como financiamento na cultura, saúde mental na música e a revitalização do Centro Histórico acontecerão no sábado e no domingo; saúde e bem-estar, espaço com uma série de testagens, visando a redução de danos e a conscientização do público.